Mercados são os principais locais destinados à compra de bens essenciais como comida e produtos de higiene. Por isso, é importante que sejam acessíveis para o maior número de pessoas, incluindo deficientes visuais. Esse trabalho dedica-se a buscar um modo de facilitar o uso desses ambientes por essas pessoas, tornando-as mais independentes. Visando entender melhor como os deficientes visuais eram atendidos nos mercados, foram realizadas entrevistas com gerentes de três dessas instituições. Após isso, foi realizada outra entrevista, dessa vez no Instituto Paranaense de Cegos, onde três pessoas cegas e uma com baixa visão foram questionadas sobre suas experiências e opiniões nos mercados de Curitiba, PR. Por fim, foi realizado duas vezes um experimento em um mercado em que, com uma pessoa vendada, eram simuladas as mudanças e hipóteses formuladas. Com as entrevistas, cheguei à conclusão de que é impossível para uma pessoa cega realizar as compras sem ajuda de , e que por isso costumam ir a mercados acompanhadas ou pedir ajuda a funcionários, que nem sempre atendem bem. Com os experimentos, foram formuladas algumas ideias e mudanças, como: a criação de um aplicativo de celular para cada rede de mercados que seria usado pelo deficiente no local. Nele, o usuário poderia pesquisar por itens específicos e ver detalhes sobre eles, como preços e localização. Sozinho, contudo, o aplicativo não seria capaz de ajudar as pessoas de forma prática. Por isso certas mudanças na organização dos mercados seriam aplicadas também. A primeira seria a adição de pisos táteis nos corredores, de modo que os deficientes visuais consigam se localizar sem colidir com nada. Além disso, os diversos corredores seriam numerados e/ou nomeados com base em sua distância da entrada. As prateleiras dos corredores seriam divididas em seções separadas por divisórias plásticas. A localização de bens pelo aplicativo seria feita com base nesses corredores, seções e altura na prateleira. Com a aplicação das alterações na estrutura e a utilização do app, além de prática, pessoas cegas ou com baixa visão poderiam fazer suas compras sem a ajuda de não-deficientes.