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A VIABILIDADE DOS MINIFOGUETES COMO RECURSO PARA USO EM REFLORESTAMENTO DE ÁREAS DEGRADADAS

RESUMO

Introdução: O projeto surgiu em 2024, durante a participação no Programa Futuras Cientistas, dentro do Plano de Estudos “Pesquisa no Setor Aeroespacial” na UFPR (setor Palotina). Inicialmente, o objetivo era criar um modelo de minifoguete com maior apogeu. Com o sucesso dessa etapa, a equipe buscou uma forma de relacionar o projeto com questões ambientais, o que levou ao tema atual. O estudo avalia a viabilidade do uso de minifoguetes de baixo custo para o lançamento de sementes de árvores nativas em áreas degradadas e de difícil acesso. Para isso, foram definidos os seguintes objetivos: analisar a viabilidade do minifoguete como instrumento de dispersão, tendo a taxa de germinação como referência; avaliar a germinação das sementes em ambientes natural e controlado; determinar a melhor forma de acondicionar as sementes para não afetar sua capacidade germinativa e garantir seu melhor espalhamento e verificar os materiais mais adequados para a confecção do minifoguete, evitando que se torne um elemento poluente. Para os testes práticos, foram selecionadas as espécies ipê-amarelo, aroeira-pimenta e araçá. Testes de controle foram realizados em bandejas para determinar a melhor taxa de germinação. Os tratamentos aplicados às sementes foram: imersão em água por 48 horas, imersão em água por 24 horas e um grupo de controle sem pré-tratamento. Os resultados mostraram as seguintes taxas de germinação: 34% para o ipê, 32% para o araçá e 22% para a aroeira. As sementes são acondicionadas em um minifoguete inteiramente de material biodegradável, distribuídas da seguinte forma: 50 sementes no corpo, 25 no paraquedas e 25 no cone do nariz. O lançamento de 100 sementes se mostrou mais eficiente com o motor B6-5 da empresa Bandeirantes. O projeto oferece um ótimo custo-benefício para pequenos agricultores que precisam reflorestar áreas de difícil acesso sem grandes gastos. Como próximos passos, a equipe planeja localizar áreas degradadas para realizar os lançamentos e efetivar a proposta. Objetivos: analisar a viabilidade do minifoguete como instrumento de dispersão, tendo a taxa de germinação como referência; avaliar a germinação das sementes em ambientes natural e controlado; determinar a melhor forma de acondicionar as sementes para não afetar sua capacidade germinativa e garantir seu melhor espalhamento e verificar os materiais mais adequados para a confecção do minifoguete, evitando que se torne um elemento poluente. Materiais e Método: Para testar o lançamento das sementes com minifoguete de baixo custo, inicialmente foi tentado colocar as sementes no corpo do minifoguete e com o rojão de vara contendo pólvora. Para corta chama utilizamos folha da planta ora pro nobis. Entretanto, não tivemos êxito na estabilidade e não tivemos sucesso no espalhamento das sementes. Aperfeiçoamos utilizando motores da empresa bandeirantes e colocando as sementes em paraquedas confeccionados com plástico biodegradável. Dos motores testados tivemos melhor êxito no tipo A6-5, para paraquedas com 50 sementes de jacarandá. Porém com mais sementes a eficiência observada foi com motor B6-5. Com as sementes no paraquedas acoplado no nariz do minifoguete tivemos um espalhamento em torno de 50m de diâmetro. Em termos de estabilidade também foi mais eficiente, atingindo apogeu próximo de 100m. O teste de germinação das sementes foi realizado em bandejas com 15 células cada, em laboratório. Para verificar a eficiência de germinação, foi considerada a possibilidade de quebra de dormência nas seguintes condições: deixar as sementes em água em temperatura ambiente por 24h e 48h antes do plantio. E sementes sem tentativa de quebra de dormência. Resultados: Observou-se que a aroeira teve maior germinação com tratamento em 24h de imersão em água. Já o ipê amarelo sem tratamento de dormência. Para o Araçá não faz diferença do tratamento. O Jacarandá e o jaracatiá não tiveram êxito na germinação em laboratório. São plantas que exigem maior exposição ao sol. Se consideramos que em ambiente natural ainda ocorrem perdas por fatores naturais como local de queda, ação de insetos, umidade, entre outros, a taxa de germinação diminui. Mas, mesmo assim, relacionando o custo/benefício por lançar com baixo custo em área de difícil acesso, é uma contribuição ambiental importante. Das sementes escolhidas, em função do seu tamanho e por serem nativas, percebe-se que, para reflorestamento, as espécies de ipê amarelo, araçá e aroeira tiveram melhores resultados de germinação. São espécies que são vistas com facilidade na região de Curitiba, PR. Considerações Finais: A partir da pesquisa realizada percebemos que nas germinações testes, houve melhor resultado para três espécies nativas comuns no bioma mata atlântica. São elas: ipê-amarelo, araçá e aroeira. Entretanto, ainda precisamos realizar testes em ambiente natural. Uma dificuldade para obtenção desses dados é conseguir uma área degradada e que não seja mexida por, pelo menos, 5 anos. Para isso há necessidade de inventariar as plantas e monitorar a germinação após lançamentos de minifoguetes com controle de quantidade e tipos de sementes. A tecnologia simples dos minifoguetes de baixo custo se mostraram eficazes nos lançamentos testes com paraquedas e motores com cargas propulsora, temporizadora e ejetora. Em termos de custo, como minifoguete com motor A6-5 atinge um apogeu próximo de 100m, se lançado em área de difícil acesso com quantidade significativa de sementes, o valor de produção, que varia entre R$ 50,00 a R$100,00, ainda é irrisório perto do benefício ambiental.

Palavras-chave: Minifoguetes; Reflorestamento; Viabilidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

TEMA

ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima

CATEGORIA

Feminina Ensino Médio e Técnico Livre
Legendas:
  1. Estudante
  2. Supervisor
  3. Colégio

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