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BIOCOURO A PARTIR DE COGUMELO SHIITAKE

RESUMO

Introdução: Em um mundo globalmente conectado, o couro animal tornou-se símbolo de impacto ambiental, associado ao desmatamento e à alta demanda pecuária. No entanto, alternativas sustentáveis estão emergindo: biomateriais produzidos a partir de folhas, resíduos de frutas e microrganismos cultivados em laboratório já despontam como substitutos viáveis aos têxteis de origem animal. Nosso projeto tem como objetivo desenvolver um biocouro a partir do cogumelo Shiitake, valorizando o cultivo regional e promovendo uma identidade cultural paranaense. O Shiitake, além de ser um dos cogumelos mais cultivados no Paraná, apresenta rápido crescimento, resistência a fungos competidores e excelente adaptação às condições locais, tornando-se ideal para a proposta. O substrato utilizado será composto por serragem de eucalipto e farelo de soja, materiais abundantes no estado, que oferecem não apenas viabilidade técnica e econômica, mas também benefícios ambientais ao estimular o aproveitamento de resíduos agroindustriais. Diferente do couro tradicional, cuja produção exige grandes áreas de pastagem e contribui para a degradação ambiental, o biocouro é produzido de forma natural e sustentável. Sua durabilidade pode se equiparar à do couro animal, variando conforme o tipo de cogumelo e a formulação aplicada, unindo inovação, cultura e respeito ao meio ambiente. Objetivos: O projeto busca desenvolver um biocouro sustentável, com características semelhantes ao couro animal, sendo produzido de maneira mais ecológica, reduzindo o consumo de água e as emissões de CO₂, além de promover benefícios ambientais, funcionais e econômicos. O uso do cogumelo shiitake como matéria-prima valoriza cadeias produtivas regionais no Paraná, estimulando a renda local e fortalecendo produtores e comunidades que atuam no cultivo e processamento de recursos naturais, unindo inovação tecnológica, sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico. Materiais e Método: O processo inicia-se com a preparação do substrato, composto por serragem de eucalipto, farelo de soja e água, devidamente homogeneizado e esterilizado. O material é acondicionado em caixas de isopor e inoculado com células miceliais de shiitake. O cultivo é monitorado quanto a temperatura e umidade, permitindo o crescimento do micélio por 45 a 90 dias. Após a formação da camada micelial, o material é colhido, compactado para formar o biotecido, tingido com corantes naturais e submetido à secagem. Por fim, são realizados testes sensoriais e físicos para avaliar a qualidade do biocouro Resultados: Os resultados esperados são de em um material com características semelhantes ao couro animal, com boa flexibilidade, resistência à água, durabilidade e capacidade de tingimento com corantes naturais. Espera-se reduzir o consumo de água e as emissões de CO₂ em comparação ao couro bovino, além de promover benefícios ambientais, funcionais e econômicos. Considerações Finais: Nosso projeto comprovou a viabilidade técnica e sustentável do biocouro a partir do micélio de Shiitake, utilizando resíduos regionais como serragem de eucalipto e farelo de soja. O processo envolve preparo, inoculação, crescimento e tratamento do micélio, resultando em um material com características semelhantes ao couro animal, mas sem uso de substâncias tóxicas e com menor impacto ambiental. A iniciativa contribui para a ODS 12 ao reaproveitar resíduos, reduzir impactos da pecuária e oferecer uma alternativa vegana e ética, além de fortalecer cadeias produtivas locais no Paraná e gerar oportunidades econômicas sustentáveis.

Palavras-chave: Biotecido; Sustentabilidade; Moda; Inovação; Fungos.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

TEMA

ODS 12 – Consumo e produção responsáveis

CATEGORIA

Feminina Ensino Médio e Técnico Livre
Legendas:
  1. Estudante
  2. Supervisor
  3. Colégio

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