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BIOGUT - SAÚDE QUE VEM DO AGRO

RESUMO

Introdução: O projeto BioGut – Saúde que vem do Agro tem como propósito transformar resíduos agroindustriais, como cascas de maracujá e de banana, em ingredientes funcionais de alto valor agregado, ricos em fibras alimentares, polifenóis e vitaminas, com reconhecidas propriedades prebióticas e antioxidantes. Esses subprodutos, que muitas vezes são descartados de maneira inadequada e acabam contribuindo para a poluição ambiental, passam por um processo estruturado e criterioso que inclui as etapas de coleta, higienização, secagem, moagem e análises físico-químicas e sensoriais. O resultado é a produção de pós padronizados e seguros, que podem ser incorporados em diferentes formulações alimentícias, como pães, iogurtes, sucos e bebidas vegetais, proporcionando benefícios funcionais e nutricionais ao consumidor. A iniciativa alia ciência, sustentabilidade e inovação, criando um elo direto entre a redução do impacto ambiental e a promoção da saúde preventiva. Do ponto de vista ambiental, o BioGut contribui para minimizar o descarte de resíduos orgânicos, reduzindo a pressão sobre aterros e a emissão de gases de efeito estufa. Do ponto de vista social, oferece uma alternativa acessível para ampliar o consumo de alimentos funcionais de baixo custo, favorecendo a equidade alimentar e democratizando o acesso a produtos que podem auxiliar na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o projeto está diretamente alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 6 (Água Potável e Saneamento), ao propor soluções que evitam a contaminação do solo e da água por resíduos; o ODS 7 (Energia Limpa e Acessível), ao estimular cadeias produtivas mais eficientes e integradas; o ODS 10 (Redução das Desigualdades), ao possibilitar o acesso da população a alimentos funcionais de baixo custo; e o ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), ao fomentar práticas de reaproveitamento e consumo consciente. O BioGut representa um exemplo de como a bioeconomia pode ser aplicada de forma prática e inovadora, valorizando recursos que seriam descartados e transformando-os em soluções que beneficiam tanto a sociedade quanto o meio ambiente. Ao integrar saúde, sustentabilidade e justiça social, o projeto não apenas fortalece a cadeia agroindustrial, mas também estimula uma cultura de consumo mais responsável e sustentável, inspirando novas práticas no setor alimentício e educacional. Objetivos: Transformar resíduos agroindustriais, como cascas de maracujá e banana, em ingredientes funcionais com propriedades prebióticas e antioxidantes, promovendo saúde preventiva, sustentabilidade ambiental e inclusão social por meio do desenvolvimento de alimentos acessíveis e nutritivos. Objetivos Específicos: Reaproveitamento de resíduos: Coletar, higienizar, secar e moer subprodutos agroindustriais, garantindo sua padronização e segurança para uso alimentar. Análises técnico-científicas: Realizar testes físico-químicos, microbiológicos e sensoriais para caracterizar os ingredientes obtidos e validar suas propriedades funcionais. Desenvolvimento de produtos: Aplicar os pós obtidos em diferentes formulações alimentícias, como pães, iogurtes e bebidas, visando aumentar o valor nutricional e funcional dos alimentos. Sustentabilidade ambiental: Reduzir a poluição e o descarte inadequado de resíduos orgânicos, contribuindo para a preservação do solo e da água. Acessibilidade e inclusão: Oferecer alternativas de baixo custo que democratizem o acesso da população a alimentos funcionais e de qualidade. Integração aos ODS: Contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 6, 7, 10 e 11), fortalecendo a bioeconomia e incentivando práticas de consumo conscientes. Educação e conscientização: Promover a disseminação de conhecimentos sobre reaproveitamento de resíduos, alimentação saudável e práticas sustentáveis junto à comunidade escolar e local. Valorização da cadeia agroindustrial: Agregar valor a subprodutos antes descartados, estimulando inovações no setor e incentivando novos modelos de negócio sustentáveis. Materiais e Método: Cascas de maracujá e banana são coletadas de fontes confiáveis, selecionadas, lavadas e sanitizadas. Após corte, seguem para secagem em estufa (70–100 °C) até atingir umidade <10%, garantindo preservação de compostos bioativos. O material desidratado é triturado, moído e peneirado, obtendo-se pó homogêneo. Realizam-se análises físico-químicas (umidade, cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos, textura) e de compostos bioativos (fibras por método enzimático, capacidade antioxidante in vitro) e propriedades funcionais (retenção de água/óleo, solubilidade, capacidade de inchamento). O pó é armazenado adequadamente e incorporado em matrizes alimentícias para testes sensoriais. Resultados: Este projeto gera impacto ambiental, econômico, social e científico. Ambientalmente, reduz o lixo orgânico de indústrias e residências, diminui emissões de metano e promove economia circular. Economicamente, agrega valor a subprodutos de baixo custo, criando novas oportunidades de negócio e mercados. Em saúde pública, oferece ingredientes naturais e funcionais que melhoram a saúde intestinal, previnem distúrbios digestivos, auxiliam no controle metabólico e fornecem antioxidantes essenciais. Cientificamente, produz conhecimento inovador sobre aproveitamento de resíduos da flora brasileira, fortalecendo pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia de alimentos e soluções sustentáveis. Considerações Finais: O projeto BioGut explora o reaproveitamento de resíduos agroindustriais, como cascas de maracujá e banana, transformando-os em insumos para alimentos funcionais que promovem a saúde intestinal e previnem doenças crônicas. Integrando inovação, sustentabilidade e impacto social, a iniciativa reduz poluição, mitiga emissões de gases de efeito estufa e gera emprego local. Baseado na economia circular, o projeto fortalece a bioeconomia e contribui para os ODS da Agenda 2030, especialmente água e saneamento, energia limpa, redução das desigualdades e cidades sustentáveis. O BioGut inspira pesquisas, parcerias e consumo consciente.

Palavras-chave: Resíduos agroindustriais; Alimentos funcionais; Microbiota intestinal; Sustentabilidade; Bioeconomia.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

TEMA

ODS 12 – Consumo e produção responsáveis

CATEGORIA

Ensino Médio e Técnico Livre
Legendas:
  1. Estudante
  2. Supervisor
  3. Colégio

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