Introdução: O projeto propõe desenvolver um protótipo que converte energia geotérmica em eletricidade usando a pressão de veículos sobre uma placa de pressão. A pressão dos veículos comprime nitrogênio, aquecendo-o e convertendo a energia térmica em energia mecânica, que movimenta turbinas e gera eletricidade. Essa energia é armazenada em baterias subterrâneas e controlada por um sistema de gerenciamento, que direciona a energia excedente à rede elétrica durante períodos de alta demanda. Em casos de desastres, o sistema fornece energia para serviços essenciais. O protótipo promove sustentabilidade, diminuindo a dependência de fontes não renováveis e aumentando a resiliência energética urbana. Objetivos: Tem como objetivo principal fortalecer a resiliência energética das cidades, oferecendo uma alternativa sustentável para suprir serviços essenciais em situações emergenciais, como desastres naturais e crises de infraestrutura elétrica. Busca-se unir inovação, sustentabilidade e impacto social, garantindo fornecimento de energia para hospitais, escolas, abrigos e comunidades vulneráveis, além de redistribuir excedentes para instituições sociais. Materiais e Método: Foram selecionados materiais de baixo custo e reaproveitados, garantindo a viabilidade escolar e a experimentação em pequena escala. Entre eles, destacam-se sensores piezoelétricos de isqueiros, capazes de gerar energia ao serem pressionados; miniaturas de placas de pressão construídas com seringas plásticas, garrafas PET e espuma, simulando a compressão de gases; e capacitores reciclados de placas eletrônicas para armazenamento da energia. Também foram utilizados resistores e termopares reaproveitados, compondo um gerador térmico simples pelo efeito Seebeck, enquanto placas de EVA ou MDF serviram de base estrutural. O desenvolvimento seguiu etapas organizadas: levantamento teórico sobre piezoeletricidade, energia cinética e térmica, sustentabilidade e tecnologias acessíveis; planejamento do protótipo em softwares como Tinkercad e Fritzing; montagem com sensores sob as placas e conexão a capacitores; testes com peso e movimento para observar a geração de energia elétrica e simulação de compressão com seringas aquecidas; coleta e análise de tensão e corrente, avaliando a viabilidade para usos simples como acender LEDs; e, por fim, reflexão sobre a aplicação social em desastres naturais, comunidades vulneráveis e divulgação em feiras e canais educativos. Resultados: O projeto busca comprovar a eficiência na geração de energia alternativa, demonstrando que é possível produzir e armazenar eletricidade de forma contínua a partir de fontes pouco exploradas, como a vibração de veículos e a compressão de gases em placas de pressão. Além disso, pretende verificar sua aplicabilidade em cenários urbanos, começando pelos pontos de maior tráfego e expandindo gradualmente conforme a infraestrutura local, o que reforça sua viabilidade como uma solução escalável e adaptável às necessidades das cidades modernas. Considerações Finais: O Ecoauto mostra como o movimento cotidiano de veículos pode ser transformado em energia limpa, acessível e sustentável. O projeto evidencia a resiliência energética, fortalecendo a capacidade de resposta em situações de crise, além de gerar economia de custos ao reduzir a dependência da infraestrutura elétrica tradicional. Também possui impacto social, oferecendo apoio humanitário e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida em comunidades vulneráveis. Ao mesmo tempo, promove o avanço tecnológico e ambiental, estimulando a inovação e a conscientização sobre sustentabilidade. Assim, a proposta se apresenta como uma solução viável e inspiradora, que une ciência, sustentabilidade e responsabilidade social para enfrentar os desafios energéticos e climáticos urbanos.
Palavras-chave: Energia sustentável; Resiliência energética; Piezoeletricidade; Sustentabilidade urbana; Inovação tecnológica; Impacto social.