Introdução: O aumento do sedentarismo e dos distúrbios do sono tem se consolidado como um problema de saúde pública, impactando a qualidade de vida, o desempenho cognitivo e o bem-estar da população. O sono de má qualidade está associado a alterações hormonais, déficits de memória, redução da concentração e maior risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. Nesse cenário, a atividade física desponta como uma estratégia não farmacológica eficaz para a promoção de saúde e a prevenção de agravos. Estudos recentes apontam evidências consistentes dessa relação. Ropke et al. (2017) demonstram que a prática regular de atividade física melhora parâmetros importantes do sono, como a redução da latência, o aumento da duração e da eficiência do descanso noturno, além de favorecer maior proporção de sono profundo. Tais benefícios parecem decorrer da modulação de hormônios como cortisol, melatonina e hormônio do crescimento, os quais regulam o equilíbrio neuroendócrino e contribuem para o processo de recuperação fisiológica. Complementarmente, Cantão et al. (2025) destacam que a interação entre sono, atividade física e funções executivas é recíproca: a melhora da qualidade do sono potencializa memória de trabalho, atenção e controle inibitório, enquanto o exercício físico fortalece esses processos cognitivos, com impacto positivo em desempenho acadêmico e profissional. O presente trabalho tem como objetivo investigar, por meio de revisão integrativa da literatura, os efeitos da atividade física sobre a qualidade do sono e suas implicações nas funções executivas. As buscas serão realizadas nas bases Google Acadêmico e Portal de Periódicos da CAPES, considerando artigos publicados entre 2010 e 2025 em português, inglês e espanhol, disponíveis em texto completo. Conclui-se que a prática regular de atividade física se configura como uma intervenção preventiva e acessível, capaz de melhorar a qualidade do sono, reduzir riscos à saúde e potencializar as funções cognitivas. Assim, este estudo reforça a relevância de políticas públicas e práticas educacionais que incentivem estilos de vida ativos e saudáveis. Objetivos: contribuir para uma maior valorização da atividade física como estratégia não farmacológica de promoção da saúde, prevenção de doenças e melhora do desempenho cognitivo, especialmente em contextos onde o sedentarismo e a má qualidade do sono são predominantes. Materiais e Método: A pesquisa é de natureza básica, com objetivo de gerar conhecimento teórico. Será realizada por meio de uma revisão integrativa da literatura, permitindo interpretar criticamente os achados disponíveis. A revisão integrativa configura-se como um método de investigação que viabiliza a síntese do conhecimento científico já produzido, além de possibilitar a aplicação prática dos achados. Esse tipo de revisão fundamenta-se em um levantamento bibliográfico sistemático, que considera a trajetória e a experiência dos autores no desenvolvimento da metodologia (Souza; Silva; Carvalho, 2010). Nesse sentido, constitui-se em um recurso metodológico relevante para a pesquisa científica, pois permite uma análise ampla e crítica da literatura existente, contribuindo para a identificação de lacunas no conhecimento e para a elaboração de novas interpretações e reflexões. Tal processo se concretiza por meio da coleta, extração e análise de dados secundários de forma organizada e fundamentada (Hassunuma, 2024). As buscas serão feitas nas bases Google Acadêmico e Portal de Periódicos da CAPES, utilizando os descritores: “sono” AND “atividade física”. Serão incluídos artigos: Publicados entre 2010 e 2025; Redigidos em português, inglês ou espanhol; Disponíveis em texto completo; Que abordem simultaneamente a relação entre atividade física e sono; E que tenham como tipo de estudo uma revisão integrativa. Serão excluídos os artigos: Que não abordem a relação entre os dois tópicos (atividade física e sono); Fora do recorte temporal estabelecido; Indisponíveis em texto completo; Escritos em idioma diferente dos citados; Ou que não sejam do tipo revisão integrativa. Resultados: Este projeto apresenta impactos significativos tanto no campo científico quanto na promoção da saúde pública. Ao investigar as relações entre atividade física e qualidade do sono por meio de uma revisão integrativa da literatura, contribui-se para a compreensão dos mecanismos fisiológicos e hormonais que explicam como a prática regular de exercícios físicos pode melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, o desempenho cognitivo. De acordo com Ropke et al. (2017), a atividade física atua positivamente na qualidade do sono, reduzindo o tempo de latência, aumentando a duração e a eficiência do sono e promovendo um descanso mais profundo. Esses efeitos são mediados por alterações hormonais, como a redução do cortisol (hormônio do estresse) e o aumento de serotonina e melatonina, substâncias fundamentais para o ciclo sono-vigília. Cantão et al. (2025) reforça que o sono de qualidade, aliado à prática física regular, está associado à melhora das funções executivas, como atenção, memória, controle inibitório e tomada de decisão, especialmente em adolescentes e jovens adultos. Assim, o estudo tem potencial impacto educacional e neuropsicológico, ao demonstrar que a atividade física pode ser uma estratégia acessível e eficaz para melhorar não apenas a saúde física, mas também a saúde mental e o desempenho acadêmico. Considerações Finais: Conclui-se que os dados da pesquisa podem subsidiar práticas escolares e políticas públicas voltadas à promoção de estilos de vida saudáveis, especialmente em contextos nos quais o sedentarismo e os distúrbios do sono estão em crescimento. O impacto se estende à conscientização da comunidade escolar e científica sobre a importância de hábitos saudáveis integrados, promovendo uma abordagem preventiva e não medicamentosa para questões como insônia, apneia obstrutiva do sono, ansiedade e déficit de atenção.
Palavras-chave: Exercícios físicos; Efeitos fisiológicos; Sono.
