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FIBRAS VEGETAIS NA PRODUÇÃO DE COPOS BIODEGRADÁVEIS: UMA SOLUÇÃO PARA REDUÇÃO DE MATERIAIS POLUENTES

RESUMO

Introdução: A crescente preocupação ambiental com o descarte inadequado de plásticos impulsiona a busca por alternativas sustentáveis, destacando-se a produção de copos à base de fibras vegetais biodegradáveis (cana-de-açúcar, coco e bananeira) como uma solução promissora para mitigar a poluição. A pesquisa adotou uma metodologia experimental e observacional, utilizando fibras moídas e cola de amido de mandioca, visando testar e comprovar a alta biodegradabilidade desses materiais em comparação com os convencionais, por meio do registro da decomposição ao longo de 60 dias. Embora a fabricação tenha enfrentado desafios práticos, como inchaço e dificuldade de moldagem, especialmente com a fibra de coco, a evidência visual da rápida decomposição nos copos de fibra de bananeira e bagaço de cana-de-açúcar validou a hipótese central: a biodegradabilidade das fibras vegetais é significativamente superior. Essa proposta não só contribui para a redução da poluição e a valorização de resíduos agroindustriais, mas também gera impactos sociais e econômicos positivos, incentivando a cultura de responsabilidade ecológica, a criação de empregos verdes e o estímulo ao desenvolvimento tecnológico de novos materiais sustentáveis. Objetivos: O objetivo geral da pesquisa é validar a viabilidade e a alta biodegradabilidade de copos descartáveis produzidos a partir de fibras vegetais (como bagaço de cana-de-açúcar, coco e bananeira) como uma alternativa sustentável aos materiais convencionais não biodegradáveis, visando a mitigação dos impactos ambientais causados pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Materiais e Método: Os materiais utilizados visam manter a alta biodegradabilidade dos copos. A base da massa utilizada para criar os copos a base de fibra de bananeira, a base de fibra de coco e a base de bagaço de cana-de-açúcar contém as respectivas fibras vegetais secas e, posteriormente, moídas e, a fim de chegar à uma textura pastosa e moldável, foi misturado cola de amido de mandioca. A metodologia adotada pode ser classificada da seguinte forma, com base em (GIL,2008). A pesquisa utilizou principalmente a experimentação, que é um método que busca testar hipóteses através da manipulação de variáveis e observação dos efeitos. No caso, os diferentes processos de produção dos copos com fibras vegetais foram as variáveis manipuladas, e a biodegradabilidade dos copos foi o efeito observado. Quanto à natureza dos dados: A pesquisa envolveu uma abordagem qualitativa e quantitativa. A observação do processo de decomposição dos copos e o registro por imagens são dados qualitativos, enquanto a comparação da biodegradabilidade entre os diferentes materiais pode envolver dados quantitativos, como o tempo de decomposição. Além da experimentação, a observação foi utilizada como método secundário para registrar o processo de decomposição dos copos ao longo do tempo. A observação sistemática, com registros periódicos e documentação por imagens, permitiu acompanhar a evolução do fenômeno estudado. A metodologia adotada foi a experimentação, a fim de testar e comprovar a hipótese de maneira física e visual. Todos os diferentes processos de produção de acordo com cada fibra foram a base das conclusões e respostas para as perguntas levantadas na contextualização da pesquisa. Adicionalmente, a observação foi uma metodologia secundária utilizada após as produções dos copos com a fibra de bananeira e dos copos com o bagaço de cana de açúcar. Durante um período de tempo de aproximadamente 60 dias, os copos ficaram em observação e seus estados de decomposição foram registrados, por meio de imagem, de 20 a 20 dias. Com a adoção dessa metodologia, foi possível visualizar de forma prática e didática a alta biodegradabilidade dos copos feitos a partir de fibras vegetais se comparados com copos feitos por materiais convencionais, sendo assim possível validar a hipótese. Resultados: A pesquisa buscou validar a hipótese da alta biodegradabilidade de copos feitos a partir de fibras vegetais em comparação com os convencionais, utilizando uma metodologia experimental e observacional. Os resultados práticos, embora revelando desafios, corroboram o potencial desses materiais, especialmente o bagaço de cana- de-açúcar. No processamento do bagaço de cana-de-açúcar, a desidratação e a trituração em liquidificador foram relativamente bem-sucedidas, atingindo uma textura próxima à de um pó. Contudo, o produto final, após mistura com cola atóxica e secagem, apresentou inchaço e dificuldade no desmolde. Isso sugere que a cola estava excessivamente aquosa e/ou a fibra necessitava de uma trituração ainda mais fina para uma mistura homogênea e secagem completa. A experiência com a fibra de coco verde demonstrou desafios mais significativos. A dificuldade em triturar a fibra no liquidificador, devido ao seu peso e à não homogeneização com a cola, resultou em um produto final que não se moldou adequadamente e não secou, impossibilitando o desmolde. A condição do coco utilizado, que já se encontrava em estado de deterioração, pode ter contribuído para o inchaço e a dificuldade de manuseio. Apesar das dificuldades no processo de fabricação, a metodologia de observação sistemática dos copos de fibra de bananeira e bagaço de cana-de-açúcar ao longo de 60 dias, com registros fotográficos a cada 20 dias, foi crucial. Essa fase da pesquisa permitiu visualizar de forma didática e prática a decomposição dos materiais vegetais, validando a hipótese central da pesquisa: a biodegradabilidade dos copos de fibras vegetais é significativamente superior à dos plásticos convencionais. Os resultados da experimentação, apesar das otimizações necessárias nos métodos de trituração de fibras e na formulação da cola, confirmam o potencial das fibras vegetais para a produção de utensílios biodegradáveis. As dificuldades encontradas na moldagem e secagem apontam para a necessidade de refinar o ponto da cola e a finura da trituração das fibras, especialmente para a fibra de coco. No entanto, a evidência visual da biodegradabilidade reforça a viabilidade e a importância de continuar explorando esses materiais como alternativas sustentáveis. Considerações Finais: A proposta de produzir copos descartáveis a partir de fibras vegetais apresenta uma série de benefícios e impactos positivos nos âmbitos ambiental, social, econômico e tecnológico. Do ponto de vista ambiental, contribui significativamente para a redução da poluição causada por plásticos de uso único, uma vez que, por serem biodegradáveis, se decompõem mais rapidamente. No aspecto social, a proposta incentiva uma cultura de responsabilidade ecológica no mercado de comércio e pode gerar empregos verdes, ao fomentar cadeias produtivas baseadas em recursos renováveis e processos sustentáveis, especialmente em comunidades agrícolas. No campo econômico, a valorização de resíduos agroindustriais como matéria-prima agrega valor a subprodutos antes descartados, promovendo novas oportunidades de negócio e empreendedorismo sustentável. Finalmente, o impacto tecnológico da proposta reside na estimulação de pesquisas em escala local e global, desenvolvendo novos materiais e processos de fabricação que conciliam desempenho funcional com responsabilidade ambiental.

Palavras-chave: Fibras vegetais; Biodegradabilidade; Ciclo de vida.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

TEMA

ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis

CATEGORIA

Ensino Médio e Técnico Livre
Legendas:
  1. Estudante
  2. Supervisor
  3. Colégio

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