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INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi considerado o ano mais quente em 174 anos de medições meteorológicas, com um aumento da temperatura média global em cerca de 1,45°C se comparado aos níveis préindustriais. Esse acréscimo na temperatura média da terra se deve, principalmente, ao grande aumento da concentração de poluentes na atmosfera desde o começo do processo de industrialização, em especial, por causa do uso de combustíveis fósseis para a geração de energia, os quais quando queimados, liberam CO2, o principal poluente responsável pelo aquecimento global, processo este que é excepcionalmente prejudicial aos ecossistemas terrestres, os quais não possuem ferramentas para lidar com as suas graves consequências. Dessa forma, entende-se que encontrar formas de mitigar os efeitos negativos do descaso ambiental é fundamental, por isso, promover o uso de energias limpas e renováveis, em especial nos grandes centros urbanos, com destaque aos seus benefícios e possibilidades de aplicação traria atenção ao problema e possibilitaria que as pessoas se familiarizassem com maneiras inovadoras de combater os impactos ambientais. Sendo assim, a aplicação de células solares no museu Oscar Niemeyer poderia trazer benefícios à própria edificação na redução de custos de energia paga e serviria para demonstrar formas criativas de auxiliar na diminuição do impacto ambiental da humanidade? OBJETIVOS: Este estudo visa analisar a viabilidade da aplicação de células solares orgânicas flexíveis (OPVs) no Museu Oscar Niemeyer, focando nos benefícios econômicos e ambientais dessa tecnologia. Os objetivos específicos incluem avaliar a quantidade de energia gerada, o impacto no conforto térmico, os custos de implementação e o espaço necessário para a instalação. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi desenvolvida com uma abordagem exploratória e experimental. Utilizou-se uma impressora 3D para criar uma maquete do museu, a fim de simular a aplicação das OPVs. As células solares escolhidas foram selecionadas com base em custo, eficiência e disponibilidade. Realizaram-se medições da incidência solar na localização do museu, calculando uma média para determinar a energia gerada. Os dados foram analisados por meio de equações teóricas, avaliando o conforto térmico, a quantidade necessária de células e os custos de instalação. RESULTADOS: O museu está situado em uma localização favorável, com uma orientação que maximiza a captação solar. As medições preliminares indicaram uma média de 4,36 kWh/m².dia de energia solar disponível. A instalação das OPVs na janela do museu foi identificada como a opção mais viável, oferecendo proteção contra agentes degradantes e aumentando a durabilidade das células. CONCLUSÃO: Embora o projeto ainda esteja em desenvolvimento, os resultados preliminares mostram que a instalação de OPVs no Museu Oscar Niemeyer é tecnicamente viável e não exigiria modificações significativas na estrutura do edifício. Isso sugere um caminho promissor para a integração de tecnologias sustentáveis em edificações urbanas, contribuindo para a redução de impactos ambientais e promovendo a energia limpa.
PALAVRAS-CHAVE: Aplicação; Células solares; OPVs.
