INTRODUÇÃO: Este trabalho tem como objetivo compreender os estímulos fisiológicos que emergem de várias áreas do encéfalo durante a percepção musical. Inicialmente, apresenta uma breve introdução sobre o contexto e a importância da música na vida humana. Em seguida, aborda a estrutura e função do encéfalo, com ênfase na neuroplasticidade e no circuito mesocorticolímbico, essenciais para entender como a música altera o funcionamento cerebral. Explora também as alterações neurológicas que ocorrem em resposta à música e a conectividade cerebral envolvida nesse processo, além das diferenças estruturais e funcionais entre músicos e não-músicos. OBJETIVOS: O estudo visa entender as respostas fisiológicas do cérebro ao escutar música, identificar as áreas encefálicas estimuladas, investigar a neuroplasticidade decorrente da exposição e do treinamento musical, e analisar as interações do sistema nervoso autônomo. Além disso, explora a relação entre neuroplasticidade e diferenças estruturais no encéfalo de indivíduos com distintos níveis de processamento musical. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa é exploratória e descritiva, baseada exclusivamente na revisão de literatura, examinando artigos acadêmicos sobre o impacto da música na fisiologia e nas emoções, como frequência cardíaca, pressão arterial e resposta galvânica da pele. A ênfase está na análise crítica das descobertas anteriores e na comparação de estudos existentes. RESULTADOS: A interseção entre música e ciência revela aspectos fascinantes sobre o funcionamento do cérebro. A música pode modular emoções, afetando estados mentais e reações fisiológicas, como a liberação de neurotransmissores. Estudos indicam que diferentes estilos musicais geram sentimentos variados, devido à influência da música na liberação de dopamina e serotonina, melhorando o humor e reduzindo o cortisol, o hormônio do estresse. Várias áreas do cérebro estão envolvidas na percepção musical: Córtex auditivo: Analisa componentes básicos do som; Córtex pré-frontal: Interpreta e responde emocionalmente à música; Amígdala: Crucial para respostas emocionais intensas; Hipocampo: Relaciona-se com memória e reconhecimento musical; Sistema de recompensa: Ativado por músicas prazerosas, ligado à liberação de dopamina. Esses insights têm importantes implicações para tratamentos médicos e terapias psicológicas. A musicoterapia, por exemplo, utiliza a música para melhorar a saúde mental e auxiliar na reabilitação de condições neurológicas. Programas baseados em música têm mostrado potencial na reabilitação cognitiva, contribuindo para a recuperação de funções cognitivas em pacientes com lesões cerebrais. CONCLUSÃO: A exploração da relação entre música e ciência revela a profunda influência da música sobre o cérebro humano. A ativação de áreas específicas, como o córtex auditivo e o sistema de recompensa, destaca a complexidade do processamento musical e suas conexões com a experiência emocional e cognitiva. Esses achados têm implicações práticas significativas, pois a música pode ser usada de maneira eficaz em terapias para melhorar a saúde mental, aliviar a dor e facilitar a reabilitação cognitiva. Compreender como o cérebro processa a música abre novos caminhos para promover o bem-estar e tratar diversas condições de saúde, tornando a música uma ferramenta poderosa e acessível na ciência e medicina.
PALAVRAS-CHAVE: música, estímulo, neuroplasticidade, encéfalo, processamento musical