INTRODUÇÃO: Diante das mudanças climáticas e da crescente necessidade de novos paradigmas sustentáveis, o projeto “Não Existe Planeta B” visa educar e conscientizar a comunidade escolar sobre a crise ambiental e as soluções energéticas. Alinhado ao ODS 7 da ONU, o projeto propõe a construção de um gerador eólico para alimentar um display de LED com a mensagem “não existe planeta B”, incentivando a reflexão sobre o impacto humano no meio ambiente e a urgência de ações mitigadoras. A escola, nesse contexto, atua como agente educador, integrando a construção do saber científico com a promoção de valores sustentáveis. OBJETIVOS: O projeto tem como objetivo principal sensibilizar os estudantes sobre a questão das mudanças climáticas e a geração de energia limpa. A construção do aerogerador busca ilustrar na prática a transformação de energia mecânica em elétrica, ao mesmo tempo que estimula a reflexão sobre a dependência de combustíveis fósseis e suas implicações ambientais. Além disso, o projeto visa desenvolver habilidades técnicas e de resolução de problemas nos alunos, preparando-os para agir como cidadãos conscientes e responsáveis. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia do projeto começou com uma pesquisa bibliográfica sobre as mudanças climáticas, geração de energia e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Com base nisso, definiu-se a construção de um mini aerogerador como a principal atividade prática. Por fim, o display retroiluminado foi construído contendo a frase “não existe planeta B”, com lâmpadas de LED para iluminar a mensagem. globais e nacionais já estabelecidas oficialmente. A partir da análise dos documentos e leitura de artigos, foram definidas frentes de ação possíveis de serem implementadas no contexto e de acordo com as necessidades da escola. Foram estabelecidas quatro frentes principais: sensibilização sobre os impactos ambientais dos modos de produção de energia, construção de um mini aerogerador para fins educativos, desenvolvimento de software de monitoramento energético, análise de pontos críticos com base no monitoramento energético. O projeto aqui apresentado trata da construção de um mini aerogerador para fins educativos. 2. Motor Foram inicialmente testados motores de eletrodomésticos destinados à reciclagem, selecionando aqueles com a função de transformar energia elétrica em energia mecânica, uma vez que o objetivo do projeto é realizar a transformação inversa (Figura 1 e Figura 2). Os testes foram realizados unindo uma lâmpada de LED difuso 5 mm aos terminais do motor, e girando o eixo manualmente. Foram testados um motor de furadeira, um motor de ventilador e alguns motores de leitor de CD, mas nenhum deles foi capaz de realizar a transformação desejada. Um motor retirado de uma impressora foi capaz de acender a lâmpada de LED e gerar uma corrente elétrica medida em multímetro (Figura 3 e Figura 4). 3. Construção do aerogerador O projeto do aerogerador foi elaborado a partir de modelo (Figura 5) do artigo disponível no site “Autodesk Instructables”, recomendado no vídeo do canal “Manual do Mundo” no YouTube (CUBAS, A., 2022., THENÓRIO, I. 2022). Materiais: Folhas de papelão, moldes em sulfite a4, tesoura, estilete, cola branca, cola quente, 4 lápis, papel cartão, motor, borracha escolar. Construção: Inicialmente, os moldes da referência foram impressos em papel sulfite tamanho A4, colados sobre o papelão e recortados. A base foi montada utilizando três lápis como suporte para duas estruturas triangulares. As cinco hélices foram confeccionadas com papel cartão (10 x 5,5 cm) e montadas entre dois moldes circulares. A estrutura das hélices foi unida à estrutura principal utilizando um lápis como eixo central. O motor foi colado à estrutura inferior e uma borracha foi conectada ao seu eixo para garantir o contato e a transferência de movimento da estrutura das hélices para o eixo do motor. RESULTADOS: Para a construção do aerogerador, foram inicialmente testados motores retirados de eletrodomésticos reciclados. Após vários testes, o motor de uma impressora foi o único capaz de gerar corrente elétrica ao ser conectado a uma lâmpada de LED. Em seguida, iniciou-se a confecção da estrutura do aerogerador com materiais acessíveis como papelão, papel cartão e lápis. No entanto, o primeiro protótipo apresentou falhas, como instabilidade das hélices e perda de energia na transferência de movimento. Com base nos problemas identificados, foram propostas melhorias para o segundo protótipo: substituição das hélices de papel cartão por plástico polipropileno, reforço da estrutura com madeira e uso de hastes de metal para maior estabilidade. Também foi planejada a utilização de engrenagens para otimizar a transferência de movimento. O primeiro protótipo evidenciou as dificuldades técnicas relacionadas à construção de um gerador eólico, mas também despertou o interesse dos estudantes pela física das transformações de energia. As alterações no segundo protótipo prometem superar os desafios iniciais e tornar o aerogerador funcional para acender o display de LED. CONCLUSÃO: O projeto integra conceitos teóricos e práticos, promovendo uma aprendizagem interdisciplinar focada na responsabilidade ambiental. Ao construir um gerador eólico e refletir sobre seu impacto, os alunos se tornam agentes de mudança em suas comunidades, preparados para lidar com os desafios das mudanças climáticas e da sustentabilidade.
PALAVRAS-CHAVE: Emergência Climática; Energia renovável; protótipo; sensibilização ambiental; ODS;