INTRODUÇÃO: O câncer é a segunda maior causa de morte global, resultando de alterações no DNA celular devido a fatores genéticos, hábitos alimentares inadequados e obesidade. Embora tratamentos convencionais como quimioterapia e radioterapia visem induzir a apoptose celular, as células tumorais frequentemente desenvolvem resistência. Nesse cenário, a planta Anisodus tanguticus, pertencente à família Solanaceae e rica em alcaloides com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, surge como um potencial agente anticancerígeno. Este estudo investiga a capacidade de Anisodus tanguticus em inibir o crescimento de células cancerosas, com foco em compostos como anisodamina e atropina. A pesquisa é fundamentada em uma revisão narrativa da literatura, oferecendo uma análise abrangente sobre o potencial terapêutico da planta. OBJETIVOS: O objetivo geral deste artigo é verificar se Anisodus tanguticus pode inibir o crescimento de células cancerosas e investigar possíveis efeitos colaterais associados ao seu uso no tratamento do câncer. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia segue a classificação de Gil (2008), caracterizando a pesquisa como exploratória e os procedimentos como experimentais. Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, permitindo uma abordagem mais flexível e integradora, sem os rigorosos critérios sistemáticos exigidos em revisões sistemáticas. RESULTADOS: Diante do aumento global dos casos de câncer, tratamentos mais eficazes são necessários. Anisodus tanguticus destaca-se entre várias plantas estudadas, contendo alcaloides conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Novos alcaloides indolizidínicos não caracterizados também foram identificados, prometendo resultados significativos. A anisodamina e a atropina apresentaram eficácia notável na inibição do crescimento de células cancerosas, sendo a anisodamina a mais estudada, mostrando os melhores resultados. Os dados indicam que a planta possui grande potencial na inibição do crescimento tumoral. No entanto, é fundamental realizar mais pesquisas sobre seus compostos e suas interações com tratamentos convencionais, dado o desafio da resistência celular. CONCLUSÃO: O uso de Anisodus tanguticus pode, de fato, inibir o crescimento de células cancerosas, especialmente através da anisodamina. Para transformar esses achados promissores em terapias eficazes, é essencial continuar as pesquisas sobre essa planta e suas substâncias, entendendo melhor seus mecanismos de ação e efeitos nas células tumorais. Anisodus tanguticus representa uma fonte rica de compostos com potencial anticancerígeno significativo, oferecendo novas perspectivas para o tratamento do câncer.
PALAVRAS-CHAVE: Anisodus tanguticus, Anticancerígeno, Inibição do crescimento celular.