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VETORES COMO FERRAMENTAS PARA COMBATER O CÂNCER

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RESUMO

O uso de vetores virais na terapia do câncer é uma estratégia em crescimento, com mais de 1.000 ensaios clínicos em andamento em todo o mundo. Esses vetores virais podem ser divididos em dois grupos principais: vetores de entrega de genes e vírus oncolíticos (OVs). Os vetores de entrega de genes são usados para transportar material genético terapêutico para os tecidos-alvo, sendo aplicados em várias abordagens para tratar o câncer. Eles podem carregar genes supressores de tumores, antígenos associados a tumores (TAAs), fatores pró-inflamatórios, inibidores do ponto de controle imunológico, proteínas antiangiogênicas, pequenos RNA de interferência (siRNA), enzimas de degradação do estroma do câncer e convertases citotóxicas. Além disso, esses vetores são utilizados para reprogramar células terapêuticas ex vivo, como células receptoras de antígenos quiméricos (CAR-T) e células natural killer (NK). Os principais vetores virais utilizados na terapia de câncer incluem o adenovírus, usado em terapia gênica in vivo, e o retrovírus, empregado para a entrega de genes ex vivo. Outra plataforma promissora são os vírus adeno-associados (AAVs), que têm ganhado destaque como tendência futura na terapia genética do câncer. Os vetores adenovirais são especialmente relevantes, pois têm sido desenvolvidos com modificações para melhorar seu desempenho terapêutico. Eles são vírus com genoma de DNA de cadeia dupla linear, com mais de 30 genes, e sua ampla presença na população resulta em alta imunidade contra os sorotipos mais comuns. Para torná-los eficazes como vetores de entrega de genes, foram desenvolvidas diferentes gerações de vetores adenovirais. A primeira geração substitui genes reguladores-chave por um cassete de expressão constitutiva contendo o transgene. Outras modificações, como a exclusão de genes E2, E3 e E4, permitem inserções terapêuticas maiores de até 10 kbp. A produção desses vetores ocorre em linhas celulares específicas, complementando os genes deletados e permitindo acomodar até 36 kbp de inserções terapêuticas. É importante destacar que os vetores adenovirais têm amplo tropismo e não se integram ao genoma da célula-alvo, permanecendo o material genético entregue como epissomas. Por outro lado, os vírus oncolíticos (OVs) são capazes de se replicar em tecidos infectados, desempenhando um papel ativo na destruição do tumor e na indução de uma resposta imune anti-câncer. Diferentemente dos vetores de entrega de genes, os OVs têm a capacidade de replicação, o que os torna agentes mais dinâmicos no tratamento do câncer. Em resumo, os vetores virais desempenham um papel crucial na terapia do câncer, seja como veículos de entrega de genes ou como OVs. A escolha entre essas abordagens depende das características específicas do tratamento e da indicação médica. Além disso, a constante evolução das técnicas de modificação desses vetores e o desenvolvimento de novas plataformas, como os AAVs, prometem avanços significativos na terapia genética do câncer no futuro.

PALAVRAS-CHAVE: Vetores; Terapia do câncer; Estratégia em crescimento.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

TEMA

Cidades e comunidades sustentáveis

CATEGORIA

ENSINO MÉDIO E TÉCNICO 1º ANO
Legendas:
  1. Estudante
  2. Supervisor
  3. Colégio

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