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O termo epigenética têm origens antigas, desde Aristóteles, que acreditava que nossas caraterísticas derivaram de um processo chamado epigênese. As pesquisas nessa área começaram por volta dos anos 40, quando o biólogo Conrad Waddington, começou a utilizar essa palavra para se referir a forma como os genes interagem com o ambiente na formação dos organismos. Nessa área também é estudado a forma como os padrões são passados de forma hereditária. Um jeito simples de explicar a epigenética é você imaginar que existe um interruptor com ‘sim’ e ‘não’ que pode ser modificado durante nossa vida inteira, e é influenciado por nosso estilo de vida e hábitos cotidianos. O ambiente em que o indivíduo se desenvolve, antes e logo após o nascimento, fornece fortes experiências que modificam quimicamente determinados genes que, por sua vez, definem quanto e quando são expressos. Por exemplo, as experiências negativas sofridas durante períodos cruciais no desenvolvimento, como o fetal e a primeira infância, acabam resultando em alterações físicas e químicas no cérebro, que podem permanecer durante a vida inteira de um indivíduo. As mudanças que ocorrem nos genes são devido às influências ambientais (hábitos de vida e alimentação) e vão definir quanto e quando os genes são expressos. O cérebro infantil, por exemplo, é mais sensível às alterações epigenéticas, ou seja, uma criança que passou por alguma situação violenta possui um metabolismo mais propenso a reagir ao meio da melhor maneira, portanto, deixa marcas definitivas. Por isso o desenvolvimento fetal e da primeira infância deve ser feito cuidadosamente pois essas experiências podem afetar um indivíduo durante toda a sua vida.
PALAVRAS-CHAVE: Epigênese; Hereditária; Caraterísticas.
