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CRIAÇÃO DE UMA BOLSA QUE SE TORNA UMA POCHETE PARA MITIGAR A POLUIÇÃO POR PLÁSTICOS

RESUMO

Introdução: O projeto ECOBAGSTIC surge como uma alternativa inovadora para mitigar a poluição plástica em Curitiba, PR, cidade que se destaca por iniciativas ambientais. A proposta consiste na criação de uma bolsa reutilizável e multifuncional, capaz de se transformar em pochete, oferecendo praticidade e incentivando o consumo consciente. Diferente das ecobags tradicionais, que muitas vezes são esquecidas pelos consumidores, a ECOBAGSTIC aposta em um design versátil, moderno e adaptável a diferentes perfis de usuários, estimulando o uso contínuo e reduzindo a dependência de plásticos descartáveis. O desenvolvimento do produto envolveu a produção artesanal de um tecido a partir de sacolas plásticas recicladas, utilizando como base tutoriais disponíveis em plataformas digitais. Apesar das dificuldades iniciais, como a irregularidade no tempo de fusão do material e falhas no acabamento, o processo foi sendo aprimorado até alcançar um padrão satisfatório em termos de resistência e qualidade. A costura e montagem deram origem a três modelos distintos: a ecobag tradicional; uma versão dobrável, que pode ser utilizada como pochete transversal; e a “crossbody bag” esportiva, maior e prática, capaz de carregar mais objetos e também dobrável para transporte. Os testes realizados indicaram resultados positivos quanto à durabilidade, impermeabilidade e funcionalidade do material. Até o momento, sete unidades foram comercializadas em caráter experimental, todas recebendo feedback favorável dos compradores. Essa aceitação inicial demonstra o potencial do produto tanto para o mercado quanto para a promoção de novos hábitos de consumo, reforçando sua viabilidade enquanto solução sustentável. O projeto ainda se conecta diretamente com quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis), ODS 14 (Vida na Água) e ODS 15 (Vida Terrestre). Dessa forma, contribui não apenas para a redução do descarte de plásticos, mas também para a preservação de ecossistemas terrestres e marinhos, além de promover práticas urbanas mais responsáveis. Embora esteja em fase experimental, a ECOBAGSTIC já se mostra promissora como estratégia de economia circular, ao prolongar a vida útil dos materiais e evitar o consumo de novos plásticos. A versatilidade do design aumenta suas chances de aceitação social, podendo expandir sua aplicação para além do contexto local de Curitiba, PR. A integração do projeto a políticas públicas e sistemas de gestão de resíduos representa um passo importante para ampliar seu alcance. Objetivos: Desenvolver uma solução inovadora para reduzir a poluição plástica em Curitiba, PR, por meio da criação da ECOBAGSTIC — uma pochete reutilizável feita com materiais reciclados ou biodegradáveis — visando promover a sustentabilidade urbana e incentivar hábitos de consumo mais conscientes dentro do modelo de economia circular. Materiais e Método: Inicialmente, é interessante ressaltar que a ECOBAGSTIC contribui com 4 dos ODS da ONU, sendo eles: ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, focado em tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis; ODS 12 – Produção e Consumo Sustentáveis, visando garantir padrões de consumo e produção que respeitem os recursos naturais; ODS 14 – Vida na Água, para conservar e usar de forma sustentável oceanos, mares e recursos marinhos; e ODS 15 – Vida Terrestre, com o objetivo de proteger, recuperar e promover o uso sustentável de ecossistemas terrestres, florestas, combater a desertificação e a perda de biodiversidade. a pesquisa partiu do pressuposto de que uma das integrantes do grupo ficaria responsável pela produção do tecido plástico utilizado na confecção das bolsas. Para tanto, foi utilizado como referência o vídeo de Thaccyo Alves, intitulado “Como fazer tecido com sacola plástica”, disponível na plataforma YouTube, para guiar a criação do material. O primeiro teste foi realizado com sacolas plásticas de mercado e de outros comércios, resultando na confecção da primeira bolsa, nomeada como MVP (mínimo produto viável). O processo consistiu em posicionar pedaços de sacolas em camadas sobre uma mesa forrada com papel manteiga, cobrindo-os também com o mesmo material, de forma a iniciar o derretimento do plástico com o ferro de passar. A atividade demandou cerca de três horas para ser concluída e apresentou falhas, principalmente quanto ao tempo de exposição das sacolas ao calor, ocasionando danos no material, como bolhas e derretimento excessivo em algumas áreas. A partir dessas dificuldades, optou-se por buscar estratégias para otimizar o tempo de produção e, assim que novas sacolas chegaram, a integrante encarregada cortou-as em formato retangular e repetiu o processo, alcançando uma redução superior a cinquenta por cento no tempo de confecção, que passou a ser de aproximadamente cinquenta minutos. Em seguida, o tecido foi encaminhado para outra integrante, responsável pela costura e acabamento da bolsa, tarefa realizada com o auxílio de uma máquina de costura, agulha, botões e alças. Para essa etapa, foram utilizados vídeos da plataforma YouTube, como “Eco Bag Fácil de Fazer”, “Eco Bag Dobrável” e conteúdos do canal “Paninhos e Afins”, que serviram de base para o início do trabalho. O primeiro passo consistiu em marcar o centro do tecido, que corresponderia à parte frontal da bolsa, e costurar sobre ele um quadrado de tecido formando um bolso, no qual foi fixado um botão e, na parte inferior, um elástico branco. Posteriormente, as alças foram costuradas e a bolsa foi montada pelo lado contrário, reforçada com duas costuras, sendo finalizada com o processo chamado “caixinha de leite”, no qual as extremidades inferiores são cortadas em quadrados, dobradas e costuradas, garantindo lateral e fundo maiores. Ao término, as bolsas puderam ser viradas para o lado correto, dobradas e presas pelo bolso com botão e elástico, ficando prontas para uso. O grupo confeccionou três modelos: a ecobag tradicional, uma versão dobrável que pode ser pendurada transversalmente, inspirada na empresa “Badu Designs”, produtora de bolsas semelhantes a pochetes, e um modelo no estilo “Crossbody bag”, de caráter esportivo e maior, que possibilita carregar mais objetos, podendo ainda ser dobrado horizontalmente para facilitar o transporte. Resultados: A pesquisa desenvolvida em torno da ECOBAGSTIC demonstrou resultados relevantes ao evidenciar a possibilidade de transformar resíduos plásticos em um produto resistente, reutilizável e multifuncional. A proposta, ao unir sustentabilidade, inovação e economia circular, contribui para o enfrentamento de um dos maiores desafios ambientais da atualidade: a poluição causada pelo descarte inadequado de plásticos. Ainda que a iniciativa se encontre em fase experimental, os testes iniciais comprovaram a viabilidade da produção e apontaram para a necessidade de ajustes técnicos que possam otimizar o processo, garantindo maior eficiência e qualidade do material final. Além disso, a versatilidade do design, que permite diferentes formas de uso da ecobag, amplia seu potencial de aceitação entre variados públicos, o que pode favorecer a inserção do produto no mercado e estimular práticas mais sustentáveis de consumo. Os resultados também reforçam a importância de integrar projetos como este às políticas públicas e sistemas de gerenciamento de resíduos urbanos, ampliando seu impacto social e ambiental. Portanto, embora sejam necessários novos estudos para avaliar a viabilidade em larga escala, a ECOBAGSTIC já se mostra uma alternativa promissora para a redução do consumo de plásticos descartáveis, promovendo não apenas a reutilização de materiais, mas também a conscientização ambiental e a adoção de hábitos mais responsáveis pela sociedade. Considerações Finais: A partir do MVP e dos primeiros modelos confeccionados, os resultados demonstraram grande satisfação quanto à durabilidade e resistência do material por compradores, que além de gostarem muito da proposta do produto, afirmam que além de resistente, a bolsa é impermeável, o que melhora ainda mais a funcionalidade do produto. Apesar de sete bolsas já terem sido vendidas e todas as vendas terem tido um feedback positivo, a ECOBAGSTIC ainda se encontra em fase de estudo, mas já apresenta potencial promissor no combate à poluição causada pelo plástico, sobretudo em cidades como Curitiba, PR. Com foco na economia circular, o objetivo é desenvolver um sistema de produção que amplie a vida útil do material, evitando seu descarte precoce, reduzindo a necessidade de fabricar novos plásticos e incentivando o hábito de reutilização, contribuindo, assim, para a diminuição do impacto ambiental. Outro aspecto relevante da pesquisa foi a criação de um modelo diferenciado de ecobag multifuncional, que não apenas pode ser usada diversas vezes, mas também assume formatos que permitem seu uso como pochete ou bolsa transversal, ampliando sua atratividade e tornando-a adequada a diferentes perfis de usuários. Esse tipo de inovação pode despertar maior interesse do público e estimular o uso diário do produto. Além disso, a pesquisa busca compreender como o projeto pode ser integrado de forma eficaz aos sistemas de gerenciamento de resíduos urbanos e expandir para além do contexto local de Curitiba, PR. Portanto, embora ainda não haja resultados definitivos, os avanços já alcançados apontam para um impacto positivo, reforçando que a ECOBAGSTIC possui capacidade de promover benefícios ambientais e sociais significativos, embora ainda sejam necessários novos testes e análises para comprovar sua eficácia e viabilidade em larga escala.

Palavras-chave: Poluição plástica; Economia circular; Sustentabilidade urbana.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

TEMA

ODS 12 – Consumo e produção responsáveis

CATEGORIA

Ensino Médio e Técnico Livre
Legendas:
  1. Estudante
  2. Supervisor
  3. Colégio

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