Introdução: As tartarugas marinhas que habitam o litoral brasileiro representam cinco das sete espécies conhecidas no mundo: a tartaruga-verde (Chelonia mydas), a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Todas estão classificadas como ameaçadas de extinção, em consequência direta de pressões humanas e ambientais. Entre as principais ameaças destacam-se a captura acidental em redes de pesca, a poluição marinha, a destruição e a fragmentação dos habitats costeiros, a coleta ilegal de ovos, além dos efeitos das mudanças climáticas, que alteram a temperatura da areia das praias e afetam a proporção de nascimento entre machos e fêmeas. Esses animais realizam longas migrações oceânicas, conectando áreas de alimentação e de reprodução em diferentes regiões do planeta. No Brasil, as praias desempenham papel fundamental nesse ciclo de vida, e a costa nordeste abriga alguns dos locais mais importantes de desova, onde milhares de fêmeas retornam todos os anos para depositar seus ovos. Esse processo é acompanhado e protegido por iniciativas de conservação, sendo o Projeto Tamar um dos maiores destaques, atuando desde a década de 1980 no monitoramento das praias, na proteção dos ninhos e na conscientização das comunidades locais e visitantes, garantindo que milhares de filhotes cheguem ao mar com maiores chances de sobrevivência. Do ponto de vista ecológico, as tartarugas marinhas têm papéis distintos e complementares: as tartarugas-verdes e as tartarugas-de-pente são herbívoras, alimentando-se de algas e esponjas e contribuindo para a manutenção da saúde dos recifes de corais e das pradarias marinhas; a tartaruga-cabeçuda possui dieta carnívora, composta por crustáceos e moluscos, sendo essencial para o controle das populações de invertebrados marinhos; e a tartaruga-de-couro, a maior de todas, alimenta-se principalmente de águas-vivas, ajudando a regular suas populações. Essa diversidade alimentar demonstra como cada espécie exerce um papel único no equilíbrio dos ecossistemas costeiros e oceânicos. A conservação das tartarugas marinhas no Brasil envolve múltiplas estratégias, que vão do monitoramento científico à educação ambiental, passando pela criação de áreas protegidas e pelo fortalecimento de políticas públicas contra a pesca predatória. Proteger esses répteis significa preservar também a biodiversidade e a saúde dos mares, garantindo que futuras gerações possam conviver com esses animais, verdadeiros símbolos da vida marinha. Objetivos: Informar como está a situação atual das tartarugas no nosso país; Discutir o que precisa ser feito para melhorar seu modo de vida; Mostrar formas de preservar e cuidar da vida delas. Materiais e Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica, nos seguintes sites: Projeto tamar; Uniceub; Repositório Guairaca; Instituto Marcos Daniel; UFRPE; Instituto Chico Mendes; National Geographic. E, ainda, foi realizado o levantamento e a análise dos dados coletados. Resultados: A pesquisa destaca que todas as espécies de tartarugas marinhas encontradas no litoral brasileiro estão ameaçadas de extinção. Ela evidencia que a conservação desses animais depende de ações como o Projeto Tamar, que protege ninhos, monitora praias e aumenta as chances de sobrevivência dos filhotes, contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Considerações Finais: A conservação das tartarugas marinhas no Brasil requer uma abordagem integrada que combine pesquisa científica, políticas públicas eficazes e a participação ativa das comunidades costeiras. Embora muitos desafios persistam, como a poluição e as mudanças climáticas, os avanços feitos por projetos como o TAMAR demonstram que é possível reverter o declínio dessas espécies se houver esforços coordenados. A continuidade dessas iniciativas, aliada ao fortalecimento das leis ambientais, é crucial para garantir que as futuras gerações possam testemunhar a presença dessas majestosas criaturas nas praias brasileiras.
Palavras-chave: Tartaruga; Ecossistema; Preservação.
